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Transformers: Fall of Cybertron - Análise

É tão bom que desta vez não sentimos a falta da Megan Fox.

No que toca a jogos baseados em licenças, a Rocksteady, com Batman Arkham Aylum e Arkham City, é a produtora de eleição para todos. Não restam dúvidas que este estúdio britânico é capaz de fazer maravilhas no que toca a aproveitar uma licença, mas acho que os High Moon Studios também merecem mérito pelo seu trabalho, e não devem ser esquecidos. Basta olhar para Transformers: War For Cybetron, que é facilmente o melhor jogo já lançado baseado nos brinquedos da Hasbro.

War For Cybertron brilhou e marcou ao contar um capítulo por explorar no universo de Transformers, a extinção do planeta "mãe" Cybertron. Fall of Cybertron, que chega até nós dois anos depois, é uma continuação direta dos acontecimentos do primeiro jogo. É quase obrigatório ter jogado o primeiro para perceber o que está a acontecer, por isso se estão de olho neste, talvez queiram jogar primeiramente War For Cybertron. Um vídeo com um resumo dos acontecimentos de War For Cybertron poderia ter sido incluído, que também serviria para avivar a memória daqueles que já jogaram. Afinal de contas, foi lançado há dois anos atrás.

Em Fall of Cybertron a luta entre Autobots e Decepticons continua, e agora está mais feroz que nunca, com os recursos do planeta, principalmente o Energon (a energia vital dos Transformers), a ficarem cada vez mais escassos. A campanha começa de vagar, parecendo que não passa de uma tentativa forçada de prolongar o sucesso de War For Cybetron, mas lentamente começa a surpreender e revelar-se numa aquisição obrigatória para qualquer fã dos Transformers.

Os High Moon Studios demonstram um excelente uso do universo Transformers. Ao longo da campanha, todos os transformers mais carismáticos terão o seu momento, e o jogador poderá controlá-los livremente em níveis desenhados a pensar nas habilidades especiais de cada um. Optimus Prime, Megatron, Bumblebee, Starscream, Jazz, Jetfire e Grimlock são apenas alguns dos Transformers com papéis cruciais no capítulo final do planeta Cybertron. Jogar com qualquer um deles dará arrepios a qualquer fã que se preze.

Uma das particularidades de War For Cybertron foi que a estória não era contada apenas da perspetiva dos Autobots (os bonzinhos da estória), o jogador também podia controlar os Decepticons. Fall of Cybetron volta a usar esta estrutura narrativa, entrelaçando a estória de todas as personagens, cada um dando o seu contributo para um desfecho final memorável. Não só é refrescante alternar entre pontos de vista diferentes como torna a campanha muito mais dinâmica e nunca aborrecida.

Como cada Transformer tem uma habilidade única, a jogabilidade é sempre diferente e variada no decorrer da campanha. Na sua base, Fall of Cybetron é um simples shooter na terceira pessoa. Disparamos contra os inimigos e rebolamos para os lados para tentar escapar do seu fogo. Não há um sistema de cobertura como em Gears of War, o que é um pouco estranho. Não podemos desatar num ataque direto contra meia dúzia de inimigos, pois o resultado será "Game Over". Então somos obrigados a buscar proteção atrás de paredes, objetos e barreiras. Para disparar não temos que ficar completamente expostos, é possível alternar a arma entre mãos para um melhor ângulo. No entanto, uma cobertura à la Gears of War seria uma solução mais refinada.

A campanha está repleta de momentos espetaculares. Em particular, é extremamente gratificante quando jogámos como Starscream e podemos voar sem limites pelos níveis. Os inimigos que aparecem no solo são alvos fáceis. Mas nada disto é tão gratificante como jogar na pele de Grimlock, um dos Transformers mais badass com a capacidade de se transformar num dinossauro ao estilo de T-Rex.

Ver uma transformação em tempo real, e numa questão de segundos estar a acelerar a toda a velocidade em forma de veículo é algo que só vão encontrar em Transformers. Não só é algo espetacular como útil em combate. A transformação em veículo dá acesso a armas mais poderosas como canhões, capaz de rebentar com múltiplos inimigos em simultâneo.