Wildstar - Antevisão
Prepara-se a disputa por Nexus.
O segmento de mercado referente aos MMORPG's é único, e particularmente difícil para os estúdios. Isto deve-se ao facto de ser praticamente impossível para alguém jogar dois destes jogos ao mesmo tempo, primeiro porque a sua própria forma é desenhada para absorver o máximo tempo possível dos jogadores, e segundo porque muitas vezes são baseados em modelos de subscrição mensal, o que faz com que os jogadores dificilmente estejam disponíveis para pagar duas mensalidades.
Neste ano de 2014 vamos assistir à chegada de pelo menos dois pesos pesados do género, Elder Scrolls Online pois claro, e este Wildstar, nascido dos estúdios Carbine e publicado pela NCSoft, a mesma editora de Guild Wars 2. Ambos serão financiados por uma subscrição mensal, e se à partida isto pode afastar o público tradicional dos RPG's nas consolas, para os jogadres de MMO's é algo normal, desejável até, tendo em conta as necessidades de actualização que um jogo destes requer.
Wildstar tem no entanto uma particularidade, que julgo fazer todo o sentido, podemos pagar a mensalidade e jogar os 30 dias do costume, ou por outro lado, podemos comprar um item in-game que dá acesso aos mesmos 30 dias, mas que pode ser negociado com outros jogadores em troca da unidade monetária do próprio jogo. Ora, quem já participou num MMO de modo “hardcore” sabe que é possível ser-se absolutamente milionário se investirmos o suficiente na economia do jogo. Nada mais justo do que este investimento poder ser reflectido em tempo de jogo, é um sistema que terá que aguardar para análise mais profunda, mas a ideia parece-me excelente.
O trama global em Wildstar gira em redor da disputa pelo planeta Nexus, uma terra que fora habitada pelos Eldan, uma raça super avançada e que desaparecera misteriosamente deixando maravilhas tecnológicas para os jogadores explorarem. Nexus é agora contestado por duas facções, os Exiles, um grupo de refugiados, rebeldes e mercenários que tentam fazer de Nexus a sua nova casa. E os Dominion, um império intergaláctico que considera Nexus como legitimamente seu.
Esta é a nossa primeira escolha, queremos fazer parte dos Dominion e jurar fidelidade ao imperador Myrcalus, ou vestir a pele de renegado como membro dos Exiles. Esta fase de criação da personagem é onde acabo sempre por perder imenso tempo, exactamente por ser uma decisão de enorme relevância, afinal, planeio investir largas horas naquele avatar, é bom que não acabe por me arrepender das escolhas que tomei.
Como em quase todos os MMO's, existe bastante variedade estética nas raças, apesar de cada facção apenas disponibilizar quatro por onde escolher. Os exiles têm o Exile human, Aurin, Granok e Mordesh, e os Dominion são divididos por Cassian, Draken, Chua e Mechari. Há a raça “fofinha”, o humano padrão, o brutamontes ou a criatura mais assustadora, e depois dentro de cada arquétipo temos bastantes opções para ajustar a personagem e torná-la distinta.
Esteticamente, a Carbine decidiu-se por um estilo animado e estilizado, com uma impressionante palete de cores, perceptível principalmente no planeta Nexus. As figuras possuem formas exageradas, mesmo o arquétipo do humano típico tem um queixo mais saliente e braços de Popeye, por exemplo. Pessoalmente gosto muito mais deste tipo de estilo nos ambientes de fantasia, torna estes locais ainda mais mágicos, um mundo onde gostaríamos de viver.
Depois da raça, temos a classe, e aqui a escolha recai entre: Warrior, Engineer, Esper, Medic, Stalker ou Spellslinger. Mas a parte mais interessante e diferente da escolha neste caso, é mesmo o Path, que mais do que definir “o que somos capazes de fazer”, significa “quem queremos ser” no mundo de Nexus. As escolhas são entre Soldier, Settler, Scientist ou Explorer, e todos eles terão um papel característico na reconstrução e tomada de Nexus.